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São João da Boa Vista,21/11/2024

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A DECADÊNCIA DO JORNAL O MUNICÍPIO: UM LAMENTO PELA ÉTICA E PELA VERDADE


A DECADÊNCIA DO JORNAL O MUNICÍPIO: UM LAMENTO PELA ÉTICA E PELA VERDADE

Críticas, ainda que ásperas, são parte essencial do jornalismo, pois contribuem para o debate público e a fiscalização dos poderes. No entanto, o cambaleante Jornal O Município tem ultrapassado esses limites ao se entregar a ataques pessoais, mirando em indivíduos e não em questões públicas. Em vez de críticas construtivas e fundamentadas, a publicação tem se dedicado a desmerecer e humilhar pessoas, deixando de lado qualquer respeito à dignidade dos envolvidos.


O Jornal O Município, que já foi um bastião do jornalismo ético e comprometido com a verdade, atravessa uma fase de lamentável decadência. Em seus mais de cem anos de história, o periódico foi um importante veículo de comunicação, mas atualmente se distanciou de sua missão original, entregando-se a uma prática que beira a desinformação e o ataque pessoal.


Sob a direção do Dr. Joaquim Cândido, um homem de princípios e um defensor incansável da qualidade do jornalismo, O Município se destacou pela sua preocupação com a cidade e seus cidadãos. Dr. Joaquim sempre primou pela verdade, buscando informar a população de forma clara e ética. Se estivesse vivo hoje, sem dúvida, teria vergonha do que o jornal se tornou. A qualidade e a responsabilidade que marcaram sua gestão deram lugar a uma abordagem agressiva e desmedida.


Recentemente, o jornal tem se dedicado a atacar gratuitamente os profissionais da comunicação, vereadores e a própria prefeitura. Embora críticas sejam naturais e necessárias no exercício do jornalismo, os ataques pessoais desproporcionais e sem fundamento que têm sido veiculados são vergonhosos. O que deveria ser uma plataforma para o debate construtivo transformou-se em um espaço de ofensas e deslegitimação de figuras públicas, comprometendo a credibilidade do próprio jornal.


Além disso, O Município ignora questões relevantes que afetam a sociedade. Fatos como a abertura de inquéritos e investigações sérias, como as relacionadas à Unifae, são sistematicamente omitidos, como se nada estivesse acontecendo. A falta de cobertura sobre condenações e outros assuntos de grande importância pública demonstra uma parcialidade preocupante. O que deveria ser um veículo de informação que ilumina os problemas da cidade acaba por se tornar um silenciador de verdades essenciais.


Pior ainda, após as últimas eleições, os ataques se intensificaram, revelando um alinhamento inusitado com o novo prefeito. A transformação do jornal em um suposto "braço direito" da administração pública indica não apenas uma perda de autonomia, mas também um compromisso com a desinformação que compromete a qualidade do debate público.


Nos últimos dias, o jornal voltou a atacar a prefeita Teresinha, uma vez mais com ataques no âmbito pessoal e não público, referindo-se a ela como "Teresinha de Deus" e promovendo piadas de baixo nível. Essa atitude revela o desrespeito do jornal, especialmente com as mulheres, e marca um lamentável distanciamento do profissionalismo que já foi característico da publicação.


É triste ver um jornal centenário, que poderia ser uma fonte de informação e reflexão, se transformar em um instrumento de ataque e manipulação. A história de O Município deve servir como um alerta sobre os perigos da falta de ética e responsabilidade no jornalismo. Os cidadãos merecem um veículo que informe com rigor e respeito, e não que se dedique a fomentar disputas pessoais e a ignorar questões que realmente importam.


Os espólios do jornal deveriam fechar suas portas antes que ele se afunde ainda mais em um lamaçal, preservando ao menos o nome herdado do saudoso Dr. Joaquim Cândido.




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